Sob o sol tímido mas aberto, morno e ameno, envolto entre nuvens de radiante verão e cinzento inverno.
As folhas caem sorrateiras em silencioso balé ao sabor do vento ou por vezes em furiosa valsa regida pelo sopro forte e impreciso do vento sul.
A chuva por vezes caí miúda e fresca, refazendo as esperanças, por vezes se derrama debalde sobre a vida e as vidraças.
Há um aroma doce espalhado pelo ar, não se pode definir se são flores afagadas pela brisa ou se frutas sacudidas pela ventania.
As tardes são coloridas e multifacetadas, as manhãs são de azul ímpar e as noites de rasgos de lua entrecortando estrelas.
Sob o sol de maio, o medo cresce e a vida parece acelerar os passos quase correndo e quase querendo parar.
A imagem da silhueta da lua enfeita o firmamento e prateia as águas inquietas do mar.
Imensos tapetes de folhas amarelas em busca de renovação, se espalham pelas alamedas muitas vezes descoloridas da vida cotidiana.
É outono, silenciosa e misteriosa estação.
É maio das mães, noivas, Maria e da chama violeta da renovação.
Aproveito o fim de tarde silente e multicolorido para quase volitar em meio aos raios de tímido sol de maio.
Obs: Leia outras crônicas e poesias no site; wwwrecantodasletras.com.br/autores/marciabarcelos.
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