Pois bem , neste pedaço de quase paraíso cercado de pedras , barcos que repousam tranquilos aguardando o momento de cortas as águas em busca do alimento / sustento ; gritos alegres de crianças , uma partida de dominó para passar o tempo e algumas iscas como não poderia deixar de ser no Bar e Restaurante Beira Mar dos " cunhados " Romário e Merinha .
A isca que mais sai e nem poderia ser diferente é uma bela porção de peixinho balão , pescado ali mesmo na beira da praia e com aquela crocância que espalha gosto e som de festa na boca e na alma .
A porção de peixinho chega quentinha á mesa acompanhada de uma salada fresquinha e uma cerveja estupidamente gelada, de frente para a praia sob uma amendoeira maternal que a todos abriga e acolhe
O fim de tarde emoldurado pela noite estrelada que sempre surge convida a ficarmos meio que esquecidos , largados ali mesmo esperando a lua grávida que surge curiosa do mar como a nos espiar.
Aos poucos de uma mesa várias se formam , chegam alegres homens e mulheres , amigos de todas as idades e com muitas histórias , estórias e causos para contar .
São fatos e causos de pescadores que valentes driblam a água do mar que tanto amam , são mulheres que rasgam as pedras em busca do Sururu ( marisco ) que viram um delicioso caldinho ou moquequinha sempre acompanhados de um pão fresquinho .
Mas , quando nos damos conta são duas horas ... não da tarde , afinal neste horário chegamos literalmente á beira mar , mas de um novo dia que em breve vai chegar . E cá para nós , quem se importa com a hora?!
De lá vem Delei com uma deliciosa conserva de atum , seguido por Velho com um camarão para fazer ao bafo , depois vem Fafá com peixe gostoso para fritar , mas calma ainda falta Leléo com a " múmia de siri " e a torta salgada da Mariana .
Quem um pouco mais de longe - Nete e Totô vem trazendo o Bijupirá para colocar na churrasqueira acesa desde o início da tarde e o arroz de polvo de Wellington que foi preparado enquanto Gaivo , lia as estrelas .
Se engana quem pensa que Bebete e Lene estão de bobeira , desce uma gelada e é festa , basta um " coloca Eliseu aí " , grita Ester animada pela seresta .
Espera aí , vem chegando a moqueca de lagosta com Edinel , Lúcia e Ziane . Este prato nem Marciano perde .
Seu Herval não fica sem a Xixa para alegrar a alma e esquentar Marineusa , enquanto Zé Carlos dribla Rita para tomar umazinha com mel . O que não dá é ficar de fora da festa .
Quando a noite começa a cair e a temperatura idem , quem socorre a galera é Beto que acompanhado por Arabela traz uma feijoada que só comendo para entender ...
Muitos causos ainda existem para ser contados , muitas receitas citadas nesta crônica / homenagem serão transcritas e vou acrescentar o churrasco especialidade de meu marido Maurício e meu recém criado e batizado Arroz Inhaúma .
Quem não conhece eu aconselho : chegue devagar , mas chegue de peito aberto ,pois os amigos que lá criamos viram parte de nossas almas .
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